Ferramenta faz parte da campanha “euligo180”, do Ministério Público.
Canal de denúncias também pode ser acessado em outros países.
Um aplicativo de celular distribuído pelo Ministério Público (MP) tem incentivado a luta contra a violência doméstica em todo o Brasil. A ferramenta foi divulgada pelo órgão também no Espírito Santo e pode ser baixada por qualquer usuário por meio de um aparelho smartphone. De acordo com o MP, o aplicativo faz parte da campanha “#euligo180”, que tem o objetivo de promover a divulgação ampla do canal de denúncias.
Uma das iniciativas das campanhas é fazer com que as mulheres pintem a unha do dedo indicador com a cor branca, para mostrar que apoiam a causa. Quem aceitar aderir deve postar uma foto da unha na rede social, acompanhada pela hashtag que dá nome à campanha. A população pode, ainda, baixar uma moldura em branco por meio do programa de celular e aplicar nas fotos, antes de fazer o compartilhamento nas redes.
De acordo com a procuradora de Justiça e dirigente do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP, Catarine Gazeli, a ideia é colocar a população para auxiliar na divulgação da campanha, ao mostrar que que essas pessoas se importam com a situação.
Ainda de acordo com Caterine, a iniciativa não se resume apenas à violência física contra a mulher, mas aos diversos tipos, entre eles os de difícil constatação. “A violência psicológica é a mais difícil de fazer a materialidade para conseguir a condenação. Ela acontece por meio de ameaças, de cárcere privado, como um marido que não deixa a mulher visitar a família e a tranca dentro de casa, por exemplo. Isso é mais comum do que a gente imagina”, contou a procuradora.
A dirigente do núcleo ainda alerta que, apesar de haver dificuldades na hora de encontrar as provas para embasar a denúncia, as vítimas não devem ficar caladas. “Essas situações muitas vezes são difíceis de se comprovar para uma condenação, mas é necessário que se denuncie”, explicou Caterine.
Atualmente, o telefone 180 funciona como um disque-denúncia, em que a mulher encontra orientação e encaminhamento. As vítimas brasileiras que estiverem na Espanha, Itália e Portugal, e sofrerem algum tipo de agressão também podem entrar em contato com os responsáveis.
Fonte: G1.com
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