O teste do site dá uma boa indicação, mas não foi formulado para diagnosticar. Para que o diagnóstico seja feito, é preciso passar por um especialista em Dependência Emocional, da área da psicologia ou da psiquiatria, para que a pessoa seja devidamente esclarecida e se trate adequadamente.
Estudos recentes têm mostrado que a Codependência não é uma doença e sim um transtorno de personalidade, isto é, um jeito disfuncional de ser que tem as suas raízes na infância. Por isto, não falamos em doença e em cura. O objetivo, num tratamento, é ajudar o paciente a rever o seu funcionamento mental e emocional, mudando padrões para passar a funcionar de modo saudável, trocando os sintomas por bem-estar e satisfação na vida.
Se você não sente outros sintomas, além da codependência, o tratamento em psicoterapia deverá ser suficiente. Por outro lado, se você sente muita angústia, depressão, desespero, insônia, ansiedade intensa, qualquer tipo de crise e outros sintomas que estão impactando de modo importante os relacionamentos e as outras áreas da sua vida, você precisará de uma ajuda mais urgente, quem sabe de medicamentos. Então, marque primeiro uma consulta psiquiátrica, até mesmo por que, talvez seja necessário promover uma melhora no quadro clínico para depois iniciar o tratamento psicoterápico.
Sim, é muito comum a Codependência não ser tratada, se agravar e evoluir para outros transtornos psiquiátricos como Depressão, Insônia, Dependência Química, de Ansiedade, Alimentar, Obesidade, Tr. Obsessivo-Compulsivo (TOC), Somatizações (e outras doenças físicas), Dependência de Compras ou de Jogos, Síndrome do Pânico e também para condições de Agressões e Violência Doméstica entre Parceiros Íntimos e a vida amorosa conturbada.
Sim, muitas vezes o paciente está tão acostumado ao sofrimento intenso que não percebe que o seu quadro já se complicou e há outro(s) diagnóstico(s) envolvido(s). Então, ele vem ao consultório para fazer psicoterapia e é orientado a passar por uma consulta psiquiátrica para tratar, o(s) outro(s) transtorno(s) e, possivelmente, será necessário o uso de medicamentos psiquiátricos para o controle dos sintomas.
Recebemos diariamente mensagens de pacientes que dizem ter feito anos de psicoterapia sem melhora da dependência emocional. Isto não significa que os profissionais que os atenderam não sejam bons e sim que, para tratar a Codependência, é preciso conhecimentos bastante específicos, que nem todos os profissionais têm. Por isto, recomendamos fortemente que se busque um especialista no tema.
Ainda não há estudos que comprovem este dado. Na nossa prática profissional, não temos visto casos assim, mas sabemos que, se a pessoa tiver familiares com alguns tipos de transtornos psiquiátricos e se mostrar mais frágil e suscetível ao estresse, pode evoluir para transtornos psiquiátricos mais severos.
Sim, se o paciente evoluir para a depressão e não for tratado, pode evoluir para tentativas de suicídio e vir a se suicidar. Outra forma ainda mais comum de risco de morte entre estes pacientes, porém, é quando evolui para a Violência entre Parceiros Íntimos crônica (ou violência doméstica) e este tipo de notícia na mídia já é muito habitual.
Sim, é mais comum em mulheres por causa do modelo de educação familiar e social proposto às meninas, desde a infância, ou seja, de que os relacionamentos afetivos são a receita do sucesso e da felicidade na vida. Porém, muitos homens também desenvolvem a Codependência e podem sofrer igualmente.
Sim, a Codependência pode se manifestar entre pais e filhos (é muito comum em pais de dependentes químicos ou que têm outras doenças graves), entre amigos, entre colegas de trabalho e em outras relações. Estudos afirmam que também pode ocorrer Codependência nas relações grupais, sociais e institucionais.
Não, cientistas vêm estudando este tema e devido a vários fatores como, por exemplo, o número imenso de sintomas possíveis, a semelhança de comportamentos codependentes com hábitos da população em geral, ainda não foi possível um consenso científico a este respeito. Por outro lado, as evidências de sofrimento crescente do codependente e seus prejuízos significativos nas várias áreas da vida, além da evolução para outros transtornos, faz com que muitos estudiosos (médicos psiquiatras e psicólogos) atuem para ajudar estes pacientes.